segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Especial de Natal: Ceia de Natal Vegetariana



Olá a todos!!!
Aqui estamos, dia 29 de dezembro, e o ano de 2014 vai se despedindo de nós...
Pra fechar o ano, vou falar um pouquinho sobre como foi a ceia de Natal aqui em casa.

Esse ano minha mãe teve uma ideia super legal que me deixou muito feliz. Ela decidiu que no dia 24 de dezembro, véspera de Natal, a ceia seria completamente vegetariana!
Como vocês já devem saber, eu sou a única vegetariana aqui em casa, mas mesmo assim minha família decidiu me acompanhar nesse ano.

Esse post vai ser curtinho porque eu não quero me prolongar muito, aposto que todo mundo deve estar curtindo as férias e preparando as coisas pro Ano Novo, portanto vou resumir bastante pra todo mundo conseguir ler sem "perder muito tempo".

O que teve na nossa ceia de natal:

  • Um delicioso risoto de legumes
  • Uma salada imensa que contava com: alface, ovo cozido, azeitona, palmito, tomate, vagem, cenoura e batata (na foto não dá pra ver porque ela está toda coberta por alface, mas acredite: era ENORME)

  • Uma lasanha vegetariana, só de queijo (não tem foto, esqueci de tirar :c)

  • E uma deliciosa sobremesa: pavê de pêssego com cerejas (as de verdade, não aquelas em calda haha)

Como já disse, adorei o fato da minha família ter me acompanhado na ceia de Natal! Achei muito lindo da parte deles ter mudado um pouco a rotina e os costumes de sempre, e espero que tanto eles quanto vocês tenham gostado de ver que mesmo no Natal há outras possibilidades de alimentação, porque já que é uma época para ser gentil, por que não ser gentil com os animais?

Por hoje (e por esse ano) é só! O próximo post provavelmente será no próximo domingo ou segunda, e eu desejo a todos vocês um 2015 maravilhoso, cheio de novas possibilidades e oportunidades.

Um abraço e até mais!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Receita Vegetariana #1 - Ratatouille

Ooooooooolá outra vez pra você aí do outro lado da tela! ♥

Essa semana venho com novidade pra vocês! Ao invés de falar mais da minha vida, eu trouxe uma receitinha vegetariana que você pode tentar aí na sua casa:
*limpa a garganta e faz um sotaque francês*
Ratatouille!

Com certeza esse nome é familiar para você, não é mesmo?
Deixa eu ver se adivinho: você lembrou do filme do ratinho francês que aprende a cozinhar... Este aqui, não é?

Mas, antes que você se assuste... NÃO, esse prato não é feito de carne de rato, hahaha! Na verdade, Ratatouille não é o nome do rato, e sim o nome de um dos pratos feitos no filme (não darei mais informações porque, caso você não tenha visto o filme ainda [COMO ASSIM VOCÊ AINDA NÃO VIU? É muito fofo!!!! Vai lá assistir, eu espero] o que eu disser pode ser considerado spoiler rs). Caso você ainda esteja confuso, o nome do rato é Rémy. E o do rapazinho ruivo é Linguini.

Só pra refrescar maaaais um pouquinho a sua memória, o ratatouille é este prato aqui, ó:

Lembrou? Então vamos lá!
Quote do Wikipédia: "O ratatouille é uma receita do século XVIII e pode ser servida quente ou fria, sozinha ou como acompanhamento. Um prato rústico, típico da região da Provença em que se notam influências espanholas e italianas. Para preparar o ratatouille não pode faltar berinjela nem tomate. Com o restante dos ingredientes pode-se lidar mais à vontade. O pimentão e a abobrinha não são obrigatórios na receita."
Na minha versão, eu preparei esse delicioso prato com tomates, berinjelas e pimentões. Mas como diz a citação acima, qualquer legume de sua preferência pode ser adicionado à receita.

Quer saber como fazer?
Bom, eu segui a receita de um vídeo que encontrei no Youtube (de um canal que amei, a propósito!). Colocarei o link aqui, mas caso você prefira a receita escrita, também segue abaixo.

Vídeo:




Receita escrita:
(Receita original aqui)

Ratatouille (igual do filme)

INGREDIENTES
  • ·         1 abobrinha cortada em rodelas finas
  • ·         1 berinjela cortada em rodelas finas
  • ·         2 tomates cortados em rodelas finas
  • ·         Sal
  • ·         Pimenta do reino
  • ·         Azeite para regar

Para o molho:
  • ·         5 tomates picados, sem pele e sem sementes
  • ·         1 dente de alho picado
  • ·         1/2 cebola picada
  • ·         1/2 xícara (chá) de azeite
  • ·         Alecrim
  • ·         Manjericão
  • ·         Tomilho
  • ·         Sal
  • ·         Pimenta-do-reino



Descrição: http://tdg.ibxk.com.br/assets/layout/blank.gifMODO DE PREPARO

Molho:
1.   Em uma panela, aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho
2.   Acrescente os tomates e deixe refogar por 5 minutos
3.   Acrescente o sal, a pimenta do reino, as ervas aromáticas picadas (alecrim, manjericão e tomilho) deixe apurar por 1 minuto
4.   Tire do fogo e leve tudo ao processador até formar um creme
5.   Retorne o molho à panela a deixe apurar mais um pouco, para ficar mais cremoso

Montagem:
1.   Em um refratário coloque uma camada do molho
2.   Alternadamente coloque as rodelas de tomate, berinjela e abobrinha
3.   Tempere com sal e pimenta, regue com azeite e cubra com papel manteiga do tamanho do refratário, formando uma tampa
4.   Leve ao forno a 200°C por aproximadamente 40 minutos ou até os legumes ficarem macios

E aí, deu certo? Espero que sim! O meu me deu um pouco de trabalho, pois acabei me cortando duas vezes e me queimando uma (novatos na cozinha, sabe como é né...). Além do que, os legumes ficaram um pouquiiinho "al dente", pois ficaram tempo "de menos" no forno... Mas ficou bem saboroso e a família curtiu!

Vai aí um vídeozinho de como ficou o resultado final. Imaginem uma música francesa bem chique tocando de fundo, hahaha!


Bom, por hoje é isso, e eu espero que vocês tenham gostado. Lembrando que o ratatouille é uma ótima alternativa sem carne, saborosíssima, e além de tudo é bem chique e inusitada pra você impressionar seus parentes e amigos hahaha ;)
Jusqu'à la semaine prochaine, au revoir!
(Isto é, "até semana que vem, tchau!", a la Google Translate, rsrs... Tchau tchau!)

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

"Mas então você come o quê?"

"Mas então você come o quê?"
Aaaah, aquela pergunta que todo mundo faz quando você anuncia que é vegetariano...

Oi pra você! Como eu prometi, essa é a parte 2 do post anterior, no qual eu disse que essa semana iria fazer duas postagens aqui no blog! Agora falando um pouco sobre a visão das outras pessoas...

O Brasil, onde grande parte da população adora um churrasco em todos os finais de semana, e onde a agropecuária é praticamente a base da economia, já é de se esperar que as pessoas alheias à alternativa vegetariana não compreendam o que queremos dizer quando anunciamos o vegetarianismo. Segue abaixo um diálogo que ouvi repetidas vezes:

*Pessoa me oferece um pedaço de carne/espetinho*
Eu: Ah não, obrigada, eu sou vegetariana.
Pessoa: Como assim?
Eu: Eu não como carne. (É de se esperar que a pessoa entenda que carne não se refere somente a carne vermelha, mas a qualquer tipo de CARNE. Você sabe, aquele material que existe dentro de qualquer tipo de animal: terrestre, aéreo, aquático...)
Pessoa: Ah, me desculpa. Você aceita um frango então?
Eu: Eu não como frango também *risada sem graça*... Eu não consumo nenhum tipo de animal.
Pessoa: Mas nem um franguinho?
Eu: Não.
Pessoa: Aaaaaah tá! Mas peixe você come, né?

E nisso vão alguns minutos, até você conseguir explicar detalhadamente para a pessoa que você, vegetariano, não consome nenhum tipo de ser vivo.
Mas aí, é claro, que vem alguém e diz: "Mas a alface* também tava viva, e você foi lá e matou ela!"
E então, de duas, uma: Ou você se propõe a argumentar, ponto após ponto, o fato de que alfaces* e outros legumes e verduras não tem nenhum tipo de sistema nervoso, muito menos cérebro, e portanto não sentem dor, nem medo, nem angústia quando você "mata-os", ou você simplesmente ri e coopera com o indivíduo.
Sem falar das vezes que, pra resumir, eu soltei uma frase do tipo: "Não como nada que grita quando você mata", ou "Não como comida com cara" (essa última frase sendo uma pérola de Friends, dita por Phoebe Buffay, personagem vegetariana na série), e a pessoa me responde dizendo que frutos do mar, como camarões e ostras não tem rosto e não gritam.
Se a intenção é me irritar, admito que muitas vezes deu certo. Porque não adianta explicar algo se o próximo não está disposto a ouvir, e principalmente se a intenção principal do outro é fazer graça com você. Felizmente sempre existem aqueles que estão dispostos a ouvir e entender o seu ponto de vista e os motivos de sua escolha.

E, pra finalizar, aqui vem a explicação do porque eu coloquei o símbolo * ao lado da palavra "alface", no texto acima. Sempre existem alguns carnívoros (não TODOS. Mas alguns) que dizem que vegetarianos são "vegetarichatos", sem perceber que às vezes a implicância vem do lado deles, e não do nosso - já que, quando nos perguntam os porquês de nossas escolhas, espera-se que eles estejam dispostos a ouvir, pois pelo menos EU não tenho o costume de sair por aí "evangelizando" sobre o vegetarianismo para puxar pessoas para o meu lado; gosto apenas de explicar sobre isso para quem está aberto a ouvir (e eu espero que você que está lendo esse texto tenha mente aberta, mesmo que sua escolha não seja a mesma que a minha). Seguem abaixo algumas imagens que retratam algumas situações recorrentes na vida de quem escolheu esse estilo de vida, e algumas frases que, acredito eu, pelo menos todo vegetariano já ouviu UMA vez:


E claro, não poderia faltar aquele clássico:


Não estou dizendo que todos os carnívoros dizem isso, e sinto muito se alguém se sente ofendido por isso, mas EU já vi muuuuito disso, SIM. Mal sabem eles que estão equivocados e dizendo uma grande besteira, porque apesar do que muitos podem pensar, PASMEM, vegetarianos não comem grama e não vivem só de alface. Aliás, há uma imagem que pode ser a resposta a essa imagem de cima:

E bom, gostaria de finalizar dizendo que, primeiramente, a postagem de hoje foi um desabafo. Sinto muito se ficou uma vibe de raiva aqui, mas eu gosto de expor minhas opiniões nesta página e espero que todos que estejam lendo isso tenham uma mente aberta em relação a esse assunto; caso contrário, sinto dizer-lhe, mas você vai estar apenas se aborrecendo. Em segundo lugar, que seria muito mais gratificante e produtivo se ambos os lados (carnívoros e vegetarianos) deixassem as piadinhas e zoações de lado um pouco e conversassem de coração aberto para descobrir novas possibilidades, pontos de vistas e opiniões. Em terceiro lugar, que você, que está lendo isso, é muito bem-vindo para perguntar-me qualquer coisa sobre o assunto (desde que educadamente, e com boas intenções, é claro) e, se possível, eu irei respondê-lo de acordo com o que sei sobre isso. E por último que, se você ainda está com essa pergunta "Mas então você come o quê?" martelando na sua cabeça, posso te responder com uma imagem:

(Clique aqui se quiser ver a imagem com resolução maior)

Go green! ♥

O "efeito" do vegetarianismo em outras pessoas

Olá novamente a todos! Por eu não ter conseguido postar novamente na semana passada, o post de hoje será duplo! Então aqui vai a primeira parte, no que concerne ao efeito que a minha decisão causou nas outras pessoas.

Quando alguém escolhe mudar de vida em algum aspecto, isso não afeta somente quem tomou a decisão, mas também aqueles que vivem muito próximos a essa pessoa, tanto no dia-a-dia quanto em ocasiões especiais. E no meu caso, mudando minha alimentação, eu comecei a perceber os efeitos dessa escolha em relação aos meus próximos, a curto e a longo prazo.

Essa escolha afetou, primeiramente, a minha mãe - e obviamente, já que ela é a atual responsável pela alimentação da casa. Antes cozinhando com base numa dieta normal, já que todos que vivem em minha casa se alimentam regularmente, sem nenhum tipo de restrição ou alergias, ela se viu diante de um novo desafio: achar alternativas para mim todos os dias, para que a minha saúde não ficasse comprometida por eu não estar me alimentando corretamente. Isso ainda hoje é um desafio, pois nem sempre há uma opção "ao alcance", e também porque não são todos os legumes e verduras que me agradam, então algumas vezes é preciso "improvisar" algo mais simples.
Outras pessoas que também sentem um pouco (na verdade, bem menos) essa mudança, são os meus amigos - primeiramente porque, às vezes quando saio junto com eles para algum tipo de festa ou jantar, é preciso (novamente) encontrar alternativas, e em segundo lugar porque isso acabou mudando um pouco minha rotina; quando eu fazia ensino médio e técnico na mesma escola, enquanto eu era carnívora, almoçava no refeitório da escola, que tinha um contrato com uma empresa terceirizada que preparava o almoço. Mas depois que virei vegetariana ficou mais difícil me alimentar lá por haverem poucas opções, e então voltei a almoçar em casa entre um curso e o outro.

Por fim, essa escolha é uma mudança de vida, e isso realmente pode impactar outros. De modos bons ou ruins. Mas eu sempre espero que a intenção por trás disso possa trazer positividade e inspirar outras pessoas a, quem sabe, em um futuro próximo, também seguir esse estilo de vida!


sábado, 29 de novembro de 2014

O que aconteceu depois

Olá, leitores! Primeiramente, sejam bem-vindos novamente ao meu blog!
Em segundo lugar, me desculpem pela demora a escrever novamente. Estava nos meus planos escrever todas as quartas-feiras, mas como essa semana foi um pouco corrida pra mim, só tive tempo de parar para escrever agora, no sábado.
Mas vamos lá! Como eu havia prometido no post anterior, o próximo assunto seria o que aconteceu depois da minha decisão - os resultados na minha saúde, no meu dia-a-dia, etc.

Costuma-se ouvir muito de quem virou vegetariano que os dois primeiros meses são os mais difíceis; muitas pessoas relatam até mesmo sonhar com carne, pois o desejo pelo alimento se manifesta no corpo, que por sua vez, manda esse impulso ao subconsciente. Alguns também relatam ter problemas com saúde - como por exemplo, problemas com ferro no sangue, o que pode levar à anemia. Mas os casos mais sérios são principalmente os referentes à vitamina B12, que é mais encontrada nas carnes. Já ouvi relatos de pessoas que tiveram que voltar a comer carne, pois a falta do alimento levou o indivíduo a um estado de saúde preocupante. Mas assim como os casos ruins, também já vi muitos casos de vegetarianos de longa data que levam uma vida completamente saudável e normal.

Quando eu tomei a decisão, não quis me comprometer com prazos, então disse a mim mesma: "Irei manter essa decisão por quanto tempo eu puder aguentar. Se chegar um dia em que eu não esteja mais aguentando ficar sem carne, ou caso isso tenha algum efeito colateral na minha saúde, vou entender e não vou me cobrar, e sendo assim, voltarei à minha dieta normal."
Tendo isso em mente, segui o mantra "um dia de cada vez", e resolvi ver no que ia dar.
A partir de agora irei dividir o tempo passado depois da minha decisão em tópicos, pois assim fica mais fácil e mais gostoso de ler :)

Primeiro dia: Tive um café da manhã normal, pois não costumo comer nada de carne de manhã. Quando chegou o almoço, comi a refeição comum exceto a carne (que foi praticamente arroz, feijão e uma verdura). Resultado: Senti um vazio enorme no meu estômago! Era nítido para mim que estava faltando alguma coisa, e apesar de me sentir satisfeita depois de terminar o almoço, e não sentir que estava com fome, ainda assim sentia falta daquele "estufamento" que nos dá no estômago depois de comermos um belo almoço caprichado. Me perguntei se todos os dias seriam daquele jeito e se eu ia me acostumar com aquela sensação, mas terminei meu almoço e segui em frente. No jantar tive a mesma impressão.
Primeira semana: No final da primeira semana já tinha me acostumado um pouco mais com as refeições "mais leves". Porém comecei a procurar alternativas para misturas, pois só o "arroz com feijão" não iria me sustentar.
Primeiro mês: Ao final do primeiro mês já tinha descoberto mais opções para incrementar meus pratos. Uma das primeiras soluções foi o ovo; frito, mexido, omelete (uma das razões pelas quais eu não sou vegana - aprofundarei mais esse tema em outro post). Mas não ia dar pra viver só de ovo.
Segundo mês: Cheguei a conclusão de que os dois primeiros meses são, sim, os mais difíceis - mas não impossíveis. Por ser o período de adaptação, é quando você vai começando a desapegar-se das carnes. Às vezes ainda batia aquela vontade de comer um presunto, ou um bom hambúrguer. Mas eu conseguia resistir à tentação ("um dia de cada vez", lembra?) e com o passar do tempo foi ficando mais fácil.
Quarto/quinto mês: Foi mais ou menos nessa época que o final do ano chegou e, junto com ele, as festas de fim de ano. Aí é o teste mais difícil, pois estando acostumada com os tenders, frangos assados, entre outros petiscos carnívoros, esse foi o momento de achar uma alternativa para as ceias. "Trabalhando em cooperação" com minha mãe e meus parentes, conseguimos achar algumas soluções que sustentassem e fossem saborosas também, como uma maionese bem caprichada (sem presunto), e - uma das minhas preferidas, ideia da minha avó - uma bela salada com direito a cenouras, vagens, brócolis, ovos, batatas e azeitonas. Saborosíssima e sustenta bastante! Foi mais ou menos nessa época também que minha mãe foi tendo mais ideias para misturas do dia-a-dia, para que eu não precisasse depender somente dos derivados de ovos e leite.
Nono mês: Muito mais fácil de lidar, já não sentia mais falta nenhuma da carne. Minha relação com esse tipo de comida às vezes era ambíguo - dependendo do prato, era algo do qual eu sentia um pouco de saudade, mas que já sabia viver muito bem sem. Já outros começaram a se tornarem enjoativos para mim, e o cheiro era forte demais. Em alguns momentos, quando não havia como eu comer algo completamente sem carne (às vezes, por exemplo, um pastel de brócolis vinha junto com bacon e não havia como retirar este), o gosto da carne se tornou muito mais forte e agressivo para o meu paladar, já que eu havia me desacostumado. Ou seja, meu corpo adaptou-se a essa dieta.
Depois de um ano (atualmente): Levo uma vida normal e já me acostumei com a rotina e dieta vegetariana. Uma única vez eu sonhei com carne (o caso das pessoas que durante os primeiros meses sonhavam com churrascos e refeições carnívoras não ocorreu comigo): neste sonho eu consumia o alimento, mas quando acordei senti uma sensação terrível de culpa, pois achava que tinha consumido de verdade. Depois de alguns minutos foi que eu percebi que tinha sido só um sonho e fui tomada de alívio, hahaha! Algumas vezes sou tomada pela frustração de não ter o que comer, pois o lugar não oferece opções ou quem fez a refeição não teve tempo de fazer algo para mim, e acabo tendo que "me virar" com algo mais básico. Algumas outras vezes eu fiz minha própria mistura (e modéstia à parte, ficou uma delícia hahahah! Mais pra frente irei postar umas receitas), o que foi muito bom para eu aprender a me tornar mais independente quando se trata da minha alimentação. Passei também pelo problema de ser provocada por alguns amigos, ou de as pessoas não entenderem como funciona o vegetarianismo (fica pra outro post também, hihi). Porém cada vez mais tenho certeza da decisão que tomei, e às vezes chego à conclusão de que não vou mais voltar atrás. Sou feliz com a vida que levo e tenho muita saúde. Aliás, pra quem diz que quem não come carne tem problemas com vitaminas e precisará de suplementos, fica aí uma imagem do meu exame de sangue (de poucos meses atrás):

Vitamina B12 dentro dos valores normais, sem necessidade de suplementos ou qualquer outro tipo de medicamento.

Conclusão: É possível, sim, levar uma vida saudável sem o consumo da carne <3
Sair da nossa zona de conforto e experimentar alternativas novas em nosso estilo de vida pode ser um divisor de águas - e ao mesmo tempo, não vai mudar em quase nada o seu dia-a-dia. Já que os seres humanos gostam tanto de dizer que estamos no topo da cadeia alimentar, e se somos animais tão racionais e inteligentes, por que não sair desse senso comum e buscar alternativas mais saudáveis para o meio-ambiente, para os animais e para você?

Por hoje é isso, pessoal (insira foto do Gaguinho aqui - não, pera)!
Espero que tenham gostado do post de hoje. Beijos e até semana que vem!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Como tudo começou

Olá novamente! 
O post de hoje será referente ao que me iniciou nessa vida de vegetarijovem, então vamos começar pelo início, por uma questão de princípios. (Oi?)

No dia 31 de julho de 2013, lá estava eu vagando pelo Facebook, lendo um post qualquer de uma página qualquer - provavelmente era algo referente a vegetarianismo, mas honestamente, não me lembro - quando uma das pessoas nos comentários postou um vídeo que iria mudar minha visão sobre a comida dali pra frente.
O vídeo era esse (ALERTA: Não recomendo assistir se você tiver estômago fraco ou se não estiver disposto a ver cenas de violências contra animais, bem como imagens explícitas dos animais sendo mortos, ou caso não queira mudar seus hábitos alimentares mas também não queira se sentir culpado por comê-los. Ou seja, o aviso está aqui, mas a escolha é sua. Não me responsabilizo.):
https://www.youtube.com/watch?v=EvP2Qy4ZEzA
O nome do documentário é "A Carne é Fraca", e através de câmeras escondidas, mostra tanto cenas de violência dos tratadores com os animais, por motivos que desconheço (talvez tentando liberar sua raiva, talvez tentando matar alguns animais que não morreram na primeira tentativa), quanto os processos realizados dentro dos matadouros para transformar os animais em comida (ALERTA 2 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO NAS PRÓXIMAS LINHAS) ou em palavras mais explícitas: fatiamentos, escaldamentos, degolamentos, etc). Se você optou por não assistir o vídeo, provavelmente essas minhas últimas palavras deixam bem claro do que ele se trata, e o porquê de eu mudar meus hábitos alimentares desde o dia que assisti o documentário.

Resultado: eu chorei assistindo o vídeo, algumas partes mal consegui assistir, tive que cobrir meus olhos enquanto as cenas passavam, e na maior parte delas eu finalmente tomei consciência do que acontece em uma das indústrias mais ricas e que dão mais lucros em nosso país: a indústria da carne.
Um amigo com quem compartilhei o vídeo me disse que não são todos os matadouros que tratam os animais dessa maneira; algumas delas aplicam um choque para matar os animais instantaneamente para que eles não sintam dor. Mas o fato é que, matando rapidamente ou matando lentamente, de um jeito ou de outro eles estavam MATANDO. Uma vida estava sendo tirada para que eu pudesse me alimentar. Uma vida de um animal que tem - apesar de pequena - uma consciência do que está acontecendo, e assim como estudos já mostraram, as vacas, em especial, compreendem perfeitamente que suas "colegas" estão sendo mortas quando elas vêem o processo acontecendo na sua frente, e elas sabem que aquilo está prestes a acontecer com elas. Além disso, esses animais tem sistema nervoso, que registram sensações como dor, medo e ansiedade.
O que ocorreu depois foi que a partir desse dia, eu tomei consciência de que EU, como carnívora, estava ajudando essa indústria a continuar seu crescimento, dia após dia, e me questionei se valia a pena contribuir com isso simplesmente para satisfazer meus prazeres.
Como uma amante de cachorros (tenho uma cachorra que é o mundo pra mim, uma vira-lata que há 9 anos vive comigo e minha família em nossa casa), me questionei qual era o meu critério para amar alguns animais, e comer outros. Por que alguns animais merecem mais amor? Simplesmente porque são domésticos? Como eu posso achar absurdo o consumo de carne de cachorro em alguns países asiáticos, se aqui, no Brasil, eu contribuo no consumo da carne de vaca, que é sagrada na Índia? Qual o critério dessas escolhas? Simplesmente cultura???




Então tomei a decisão de que, mesmo que minha participação não faça diferença quase nenhuma para a indústria da carne, mesmo sabendo que milhões de brasileiros todos os finais de semana consomem seus churrascos religiosamente, mesmo sabendo que não será a atitude de UMA pessoa que fará a diferença... valia a pena mudar. Pois, afinal, são com pequenos gestos que se muda o mundo e, quem sabe, com a minha mudança, futuramente eu possa ajudar a trazer outras pessoas para o lado do vegetarianismo, obviamente sem forçar ninguém (porque a mudança vem de dentro pra fora, e não o contrário), mas eu quero ser o exemplo de que é SIM possível mudar. É possível largar mão de um prazer alimentício por um bem maior, por uma causa. 

Neste mesmo dia, anunciei à minha mãe que resolvi virar vegetariana (já que ela é a responsável pela alimentação em casa). Ela concordou, e no dia seguinte, dia 1º de agosto, comecei minha "dieta" vegetariana. Agora, todo primeiro dia do mês eu comemoro mais um mês em que venci meus "instintos" e mudei de vida. Hoje, dia 19 de novembro (aniversário do meu pai, a propósito. Feliz aniversário, papai! ♥), completa-se 1 ano e 3 meses da minha decisão.

Quanto aos efeitos, como sentir falta da carne ou não, os efeitos na saúde... Isso fica pra outro post.
Espero que esse post ajude alguém a também tomar essa decisão de mudar de vida!

Abraços, até a semana que vem!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Blog novo, vida nova!

Olá, e seja bem-vindo (ou benvindo? As novas regras ortográficas me confundem haha) ao meu blog!
Pra você que está se perguntando do que se trata esse blog, acredito que o nome seja auto-explicativo, mas eu reforçarei a ideia mesmo assim: estarei postando aqui conteúdo direcionado a jovens que seguem, pretendem seguir ou são simpatizantes do estilo de vida vegetariano.
Pretendo postar uma vez por semana (por enquanto sem dia definido), relatando minhas experiências, minha rotina, as dificuldades e os benefícios de ter optado por esse estilo de vida, e também fazendo resenhas de restaurantes e redes de fast-food e as opções que eles oferecem para os vegetarianos. Ah! E de vez em quando também postarei receitas que você mesmo pode fazer em casa.
O post de hoje será curtinho, apenas como uma introdução realmente, mas se você se interessou, fique ligado e acompanhe-me, pois semana que vem o post será beeeeem recheado de novidades.

Por hoje é isso.
Beijos, até semana que vem!