quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Como tudo começou

Olá novamente! 
O post de hoje será referente ao que me iniciou nessa vida de vegetarijovem, então vamos começar pelo início, por uma questão de princípios. (Oi?)

No dia 31 de julho de 2013, lá estava eu vagando pelo Facebook, lendo um post qualquer de uma página qualquer - provavelmente era algo referente a vegetarianismo, mas honestamente, não me lembro - quando uma das pessoas nos comentários postou um vídeo que iria mudar minha visão sobre a comida dali pra frente.
O vídeo era esse (ALERTA: Não recomendo assistir se você tiver estômago fraco ou se não estiver disposto a ver cenas de violências contra animais, bem como imagens explícitas dos animais sendo mortos, ou caso não queira mudar seus hábitos alimentares mas também não queira se sentir culpado por comê-los. Ou seja, o aviso está aqui, mas a escolha é sua. Não me responsabilizo.):
https://www.youtube.com/watch?v=EvP2Qy4ZEzA
O nome do documentário é "A Carne é Fraca", e através de câmeras escondidas, mostra tanto cenas de violência dos tratadores com os animais, por motivos que desconheço (talvez tentando liberar sua raiva, talvez tentando matar alguns animais que não morreram na primeira tentativa), quanto os processos realizados dentro dos matadouros para transformar os animais em comida (ALERTA 2 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO NAS PRÓXIMAS LINHAS) ou em palavras mais explícitas: fatiamentos, escaldamentos, degolamentos, etc). Se você optou por não assistir o vídeo, provavelmente essas minhas últimas palavras deixam bem claro do que ele se trata, e o porquê de eu mudar meus hábitos alimentares desde o dia que assisti o documentário.

Resultado: eu chorei assistindo o vídeo, algumas partes mal consegui assistir, tive que cobrir meus olhos enquanto as cenas passavam, e na maior parte delas eu finalmente tomei consciência do que acontece em uma das indústrias mais ricas e que dão mais lucros em nosso país: a indústria da carne.
Um amigo com quem compartilhei o vídeo me disse que não são todos os matadouros que tratam os animais dessa maneira; algumas delas aplicam um choque para matar os animais instantaneamente para que eles não sintam dor. Mas o fato é que, matando rapidamente ou matando lentamente, de um jeito ou de outro eles estavam MATANDO. Uma vida estava sendo tirada para que eu pudesse me alimentar. Uma vida de um animal que tem - apesar de pequena - uma consciência do que está acontecendo, e assim como estudos já mostraram, as vacas, em especial, compreendem perfeitamente que suas "colegas" estão sendo mortas quando elas vêem o processo acontecendo na sua frente, e elas sabem que aquilo está prestes a acontecer com elas. Além disso, esses animais tem sistema nervoso, que registram sensações como dor, medo e ansiedade.
O que ocorreu depois foi que a partir desse dia, eu tomei consciência de que EU, como carnívora, estava ajudando essa indústria a continuar seu crescimento, dia após dia, e me questionei se valia a pena contribuir com isso simplesmente para satisfazer meus prazeres.
Como uma amante de cachorros (tenho uma cachorra que é o mundo pra mim, uma vira-lata que há 9 anos vive comigo e minha família em nossa casa), me questionei qual era o meu critério para amar alguns animais, e comer outros. Por que alguns animais merecem mais amor? Simplesmente porque são domésticos? Como eu posso achar absurdo o consumo de carne de cachorro em alguns países asiáticos, se aqui, no Brasil, eu contribuo no consumo da carne de vaca, que é sagrada na Índia? Qual o critério dessas escolhas? Simplesmente cultura???




Então tomei a decisão de que, mesmo que minha participação não faça diferença quase nenhuma para a indústria da carne, mesmo sabendo que milhões de brasileiros todos os finais de semana consomem seus churrascos religiosamente, mesmo sabendo que não será a atitude de UMA pessoa que fará a diferença... valia a pena mudar. Pois, afinal, são com pequenos gestos que se muda o mundo e, quem sabe, com a minha mudança, futuramente eu possa ajudar a trazer outras pessoas para o lado do vegetarianismo, obviamente sem forçar ninguém (porque a mudança vem de dentro pra fora, e não o contrário), mas eu quero ser o exemplo de que é SIM possível mudar. É possível largar mão de um prazer alimentício por um bem maior, por uma causa. 

Neste mesmo dia, anunciei à minha mãe que resolvi virar vegetariana (já que ela é a responsável pela alimentação em casa). Ela concordou, e no dia seguinte, dia 1º de agosto, comecei minha "dieta" vegetariana. Agora, todo primeiro dia do mês eu comemoro mais um mês em que venci meus "instintos" e mudei de vida. Hoje, dia 19 de novembro (aniversário do meu pai, a propósito. Feliz aniversário, papai! ♥), completa-se 1 ano e 3 meses da minha decisão.

Quanto aos efeitos, como sentir falta da carne ou não, os efeitos na saúde... Isso fica pra outro post.
Espero que esse post ajude alguém a também tomar essa decisão de mudar de vida!

Abraços, até a semana que vem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário