Continuando o tema das postagens anteriores, hoje falaremos um pouco sobre a inteligência das vacas/bois. A postagem de hoje traz pesquisas, vídeos e um relato pessoal meu.
Ao contrário do que pensamos – de que as vacas são animais bobos que só ficam andando por aí e ruminando a grama de qualquer lugar -, através de pesquisas é possível constatar que as vacas são muito mais inteligentes do que isso.
Este site afirma: “De acordo com pesquisas, as vacas são geralmente animais muito inteligentes que se lembram de coisas por um longo tempo. Estudiosos do comportamento animal descobriram que vacas interagem de formas socialmente complexas, desenvolvem amizades ao longo do tempo e, por vezes, ressentimentos contra outras vacas que as tratam mal.
Estes gigantes gentis lamentam as mortes e até mesmo a separação daqueles que amam, derramando lágrimas sobre sua perda. O vínculo mãe-bezerro é particularmente forte, e há inúmeros relatos de vacas mães que continuam freneticamente a chamar e a procurar por seus bebês após os bezerros serem retirados e vendidos para fazendas de vitela ou carne.
Cada vaca pode reconhecer mais de 100 membros do rebanho, e as relações sociais são muito importantes para elas. As vacas vão frequentemente escolher os líderes pela sua inteligência, curiosidade, auto-confiança, experiência e boas habilidades sociais.”
E que elas gostam de música? Você sabia disso?
“O gosto das vacas por música está retratado em centenas de vídeos disponíveis na internet, em que os animais são vistos claramente apreciando o som de instrumentos musicais.”
Dê um play abaixo e confira esse grupo muito fofo de bovinos apreciando música clássica!
Além disso, a Revista Super Interessante explica:“(...) Vacas também têm seus momentos down. Mas a maior característica delas é outra: são fofoqueiras. Formam pequenos grupos de amigas, têm rixas com outras vacas e guardam rancor por anos. Elas também sentem prazer ao vencer desafios. Um estudo da Universidade de Cambridge mostrou que, quando elas aprendiam a abrir uma porta para obter comida, por exemplo, suas ondas cerebrais e seus batimentos cardíacos mostravam um alto nível de excitação.”
E acredite ou não, as vacas também "(...) entendem claramente relações de causa e efeito- um sinal claro de avançadas capacidades cognitivas. Por exemplo, as vacas podem aprender a empurrar uma alavanca para operar um bebedouro quando estão com sede, ou a pressionar um botão com a cabeça para liberar grãos quando estão com fome. Pesquisadores descobriram que não só as vacas podem resolver problemas, mas elas também – assim como seres humanos- gostam do desafio intelectual e se animam quando encontram uma solução”.
E agora, queria contar com detalhes para vocês um relato pessoal meu bem recente, que para mim foi muito emocionante – ainda que possa parecer simples e talvez até bobo para quem vê de fora.
Neste mês de janeiro de 2016, saí para caminhar com a minha mãe em um trecho aberto de estrada na conhecida Serra do Japi de Jundiaí, trecho esse que fica a aproximadamente meio quilômetro de distância da minha casa. Era um fim de tarde, e por ser horário de verão ainda o céu ainda estava claro. O trecho em que andamos é de asfalto, porém é “ladeado” por muito verde, grandes pastagens, trechos com muitas árvores nativas, enfim. Em um destes trechos, depois do primeiro quilômetro de caminhada, vejo que bem próximo à cerca de um dos lados da estrada há um grupo de bois e vacas. Primeiramente fiquei feliz por ver que eles faziam parte de gado livre, sem as etiquetas nas orelhas para identifica-los com números. Não sabia e ainda não sei a quem eles “pertencem” (não gostaria de usar esse termo, mas enfim), mas de qualquer modo eles estavam unidos como uma grande família e isso me deixou feliz. Em um segundo momento, lembrei-me de que nunca havia chegado tão perto de um grupo de bovinos quanto poderia chegar naquele momento. Então, com permissão da minha mãe, fui até o trecho com grama do meu lado da cerca e lentamente fui me aproximando deles. Bem perto da cerca havia uma mamãe vaca e um bezerrinho. Queria muito ter a oportunidade de interagir com eles, então retirei um grande pedaço de grama/capim do chão e aproximei minha mão da cerca. O momento foi muito solene, pois olhei a mamãe-vaca nos olhos (ela que não saía de perto de seu bezerro por nada, e o acompanhou enquanto ele se aproximava de mim) e pude ver nos olhos dela o quanto ela se preocupava com aquele bezerro, e o quão longe ela iria para proteger a vida dele. Ao mesmo tempo, ali estava eu, uma garota humana, com minha mãe humana atrás de mim sentindo a mesma preocupação, pois sei que ela defenderia minha vida custe o que custar. Percebi o quanto nós, seres vivos, somos semelhantes, independente de nossas espécies, pois o milagre da vida tem a mesma grande importância para todos nós! Com a “permissão” da mamãe-vaca, o bezerrinho, cuidadosa e lentamente aproximou-se de mim, enquanto eu, quase sem me mexer, fiquei segurando o capim. Ele comeu da minha mão, com um delicioso som de “crunch-crunch”, até terminar. A mamãe-vaca, sempre olhando em volta e prestando atenção em mim, mantinha a proximidade de seu filhote para cuidar dele. Novamente, arranquei mais um pedaço de grama, e com um pouquinho de receio, o bezerro lentamente se aproximou de novo de mim. Olhei-o nos olhos também e mentalmente agradeci a ele e à mamãe-vaca por sua confiança em mim e pensei em como aprendi a respeitar esses animais, e vê-los com outra visão além daquela que o capitalismo faz-nos ter. Depois disso, com um movimento brusco de outro animal do bando, a mamãe-vaca foi atrás deste e o bezerro atrás. Vi-os trotando mato adentro e fiquei muito feliz com a minha experiência. Minha mãe ressaltou algo que também me fez refletir mais tarde, pois ela disse que, ao invés de eu matar esses animais para que eles se tornassem meu alimento, eu tive a oportunidade de alimentá-los!Isso me fez perceber o quão solene e importante é a vida de todos os seres vivos, e reforçou mais ainda minha decisão de parar de comer carne. Cada vez que vejo um bando desses animais, peço a Deus que proteja a vida deles, pois todas as vidas importam.
(não são os que eu vi hehe, esta é uma imagem da internet apenas para ilustrar)
Espero que esse post tenha ajudado vocês a refletirem um pouco mais sobre o mundo desses animais, e como nós podemos mudar o planeta – e também a vida desses seres vivos – com pequenas atitudes.
Semana que vem, pra finalizar, tem post sobre a inteligência dos porcos! Espero vocês lá.
Até mais,
GO GREEN!
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