quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A Inteligência dos Animais - Peixes

“Mas você não come nem um peixinho?”
 
Bem-vindo(a) de volta ao meu blog!

Continuando com o tema da postagem da semana passada, hoje trago para vocês algumas informações sobre outro animal que é, muitas vezes, ainda mais subestimado do que as galinhas: o peixe.

Quem aí já assistiu a animação “Procurando Nemo” deve lembrar da querida peixinha Dory, do gênero Cirurgião-patela (tá, eu pesquisei isso no Google rs), e de seu problema de memória recente. Acredita-se que a personagem tenha essa característica por conta do mito de que os peixes tem uma memória curtíssima, às vezes com cerca de 3 segundos. Mas o que vamos mostrar hoje é que a coisa não é bem assim – e estudos mais avançados mostram que os peixes podem ser muito mais inteligentes do que nós pensamos.
Confira abaixo:

Uma matéria da Revista Super Interessante afirma o seguinte: “Quando o estúdio Pixar colocou no filme Procurando Nemo uma peixinha que esquecia tudo em poucos segundos, estava brincando com uma idéia que por muito tempo existiu na comunidade científica: peixes teriam memória de apenas três segundos. Estudos recentes mostram que isso é balela. Esses animais são capazes de lembrar e ainda guardam as informações a longo prazo. Foi o que comprovou o pesquisador Culum Brown. Ele prendeu um grupo de peixes arco-íris australianos num tanque e os treinou para encontrar uma saída. Após cinco tentativas, todos conseguiam achá-la. Onze meses depois, o pesquisador refez o teste. Dessa vez, os peixes localizaram a saída na primeira tentativa.
Graças à memória, peixes também reconhecem outros indivíduos. Ao presenciar uma luta, o animal não apenas retém informações, como cria um ranking de lutadores. No futuro, ele evitará brigas com os fortões. Cardumes também são capazes de aprender e memorizar a se desvencilhar de redes ou então viajar em formações que os protegem de predadores.

Talvez os peixes de espécies diferentes apresentem memórias diferentes em relação a seu tempo de “duração”, porém isso já não posso afirmar com total certeza.
Ainda assim, é interessante percebermos o quanto esses animais têm a capacidade de estabelecer relações entre eles e entre o ambiente à sua volta.

Agora vamos entrar um pouco no assunto de que “peixes não gritam”, ou seja, o falso argumento que já ouvi de algumas pessoas de que os peixes não sentem dor e portanto não sofrem quando são mortos.
Wikipédia afirma que (...) “há estudos ainda que indicam que os peixes possuem sistemas nervosos mais complexos do que se pensava e que suas consciências das sensações dolorosas podem ser, evolucionariamente, muito mais antigas do que se suspeitava.”



No site Vegetarianismo.com.br: “Em verdade, no que concerne a habilidade de sentir dor, os peixes são iguais aos cachorros, gatos e outros animais. O Dr. Donald Broom, consultor científico do Governo Inglês, explica que 'A literatura científica é muito clara. Anatômica, fisiológica e biologicamente, o sistema de dor dos peixes é praticamente o mesmo que o das aves e dos outros animais.' (...)
Segundo o Dr. Michael Fox, D.V.M., Ph. D., 'Embora os peixes não gritem (de forma audível para os humanos) quando estão com dor e em angústia, o comportamento deles deveria constituir evidência suficiente do seu sofrimento quando fisgados ou capturados em rede. Eles se esforçam, procurando escapar e, assim fazendo, demonstram a sua vontade de viver'.

Você já parou para pensar o que ocorre na pesca? Tanto na pesca com vara quanto na pesca com rede? Ponha-se no lugar de um peixe: você está em seu habitat natural procurando alimentos para sobreviver, assim como qualquer outro ser vivo precisa fazer. Você encontra então, uma minhoca, e abocanha-a. No mesmo instante, sente algo perfurando sua boca e deixando-o preso a um gancho. Você debate-se para livrar-se daquele sofrimento, mas o que quer que esteja do outro lado do gancho começa a te puxar. Desesperado, você coloca toda sua força nessa tentativa de livrar-se, livrar-se da dor, livrar-se do sofrimento, afinal você só queria alimentar-se, mas eventualmente o outro lado ganha. Você então é retirado de seu habitat, ainda preso pelo gancho na boca. Para finalizar, você é colocado num local onde fica absolutamente sem oxigênio, e morre sufocado e sem ar.
Cruel, não é?
Pois é.
E mesmo a pesca com rede é desumana (adoro a ironia dessa palavra); na verdade, qualquer tipo de matança de animais não pode ser feita de uma maneira agradável.


Pra finalizar, veja só esse registro incrível: já acreditava-se que os peixes possuíam a habilidade de utilizar certos tipos de ferramentas para facilitar sua obtenção de comida, porém isso nunca havia antes sido registrado em câmera. Mas um biólogo conseguiu capturar em imagens um peixe usando uma rocha em sua boca e batendo-a contra uma ostra, para conseguir abri-la e alimentar-se de sua carne! (Só para a informação de todos, também não como ostra. Nem camarão. Nem lagosta. Nenhum fruto do mar!) Veja só essas imagens: (no link acima também há a matéria explicando o que ocorreu)





Sugiro seguirmos o lema do tubarão vegetariano de Procurando Nemo, o Bruce, que repete junto com seus amigos: “Peixes são amigos, não comida!”




Até a semana que vem!

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