domingo, 31 de janeiro de 2016

A Inteligência dos Animais - Vacas

Bem vindo, leitor!


Continuando o tema das postagens anteriores, hoje falaremos um pouco sobre a inteligência das vacas/bois. A postagem de hoje traz pesquisas, vídeos e um relato pessoal meu.


Ao contrário do que pensamos – de que as vacas são animais bobos que só ficam andando por aí e ruminando a grama de qualquer lugar -, através de pesquisas é possível constatar que as vacas são muito mais inteligentes do que isso.



Este site afirma: “De acordo com pesquisas, as vacas são geralmente animais muito inteligentes que se lembram de coisas por um longo tempo. Estudiosos do comportamento animal descobriram que vacas interagem de formas socialmente complexas, desenvolvem amizades ao longo do tempo e, por vezes, ressentimentos contra outras vacas que as tratam mal.
Estes gigantes gentis lamentam as mortes e até mesmo a separação daqueles que amam, derramando lágrimas sobre sua perda. O vínculo mãe-bezerro é particularmente forte, e há inúmeros relatos de vacas mães que continuam freneticamente a chamar e a procurar por seus bebês após os bezerros serem retirados e vendidos para fazendas de vitela ou carne.
Cada vaca pode reconhecer mais de 100 membros do rebanho, e as relações sociais são muito importantes para elas. As vacas vão frequentemente escolher os líderes pela sua inteligência, curiosidade, auto-confiança, experiência e boas habilidades sociais.”


E que elas gostam de música? Você sabia disso?
“O gosto das vacas por música está retratado em centenas de vídeos disponíveis na internet, em que os animais são vistos claramente apreciando o som de instrumentos musicais.” 
Dê um play abaixo e confira esse grupo muito fofo de bovinos apreciando música clássica!






Além disso, a Revista Super Interessante explica:“(...) Vacas também têm seus momentos down. Mas a maior característica delas é outra: são fofoqueiras. Formam pequenos grupos de amigas, têm rixas com outras vacas e guardam rancor por anos. Elas também sentem prazer ao vencer desafios. Um estudo da Universidade de Cambridge mostrou que, quando elas aprendiam a abrir uma porta para obter comida, por exemplo, suas ondas cerebrais e seus batimentos cardíacos mostravam um alto nível de excitação.”

E acredite ou não, as vacas também "(...) entendem claramente relações de causa e efeito- um sinal claro de avançadas capacidades cognitivas. Por exemplo, as vacas podem aprender a empurrar uma alavanca para operar um bebedouro quando estão com sede, ou a pressionar um botão com a cabeça para liberar grãos quando estão com fome. Pesquisadores descobriram que não só as vacas podem resolver problemas, mas elas também – assim como seres humanos- gostam do desafio intelectual e se animam quando encontram uma solução”.


E agora, queria contar com detalhes para vocês um relato pessoal meu bem recente, que para mim foi muito emocionante – ainda que possa parecer simples e talvez até bobo para quem vê de fora.
Neste mês de janeiro de 2016, saí para caminhar com a minha mãe em um trecho aberto de estrada na conhecida Serra do Japi de Jundiaí, trecho esse que fica a aproximadamente meio quilômetro de distância da minha casa. Era um fim de tarde, e por ser horário de verão ainda o céu ainda estava claro. O trecho em que andamos é de asfalto, porém é “ladeado” por muito verde, grandes pastagens, trechos com muitas árvores nativas, enfim. Em um destes trechos, depois do primeiro quilômetro de caminhada, vejo que bem próximo à cerca de um dos lados da estrada há um grupo de bois e vacas. Primeiramente fiquei feliz por ver que eles faziam parte de gado livre, sem as etiquetas nas orelhas para identifica-los com números. Não sabia e ainda não sei a quem eles “pertencem” (não gostaria de usar esse termo, mas enfim), mas de qualquer modo eles estavam unidos como uma grande família e isso me deixou feliz. Em um segundo momento, lembrei-me de que nunca havia chegado tão perto de um grupo de bovinos quanto poderia chegar naquele momento. Então, com permissão da minha mãe, fui até o trecho com grama do meu lado da cerca e lentamente fui me aproximando deles. Bem perto da cerca havia uma mamãe vaca e um bezerrinho. Queria muito ter a oportunidade de interagir com eles, então retirei um grande pedaço de grama/capim do chão e aproximei minha mão da cerca. O momento foi muito solene, pois olhei a mamãe-vaca nos olhos (ela que não saía de perto de seu bezerro por nada, e o acompanhou enquanto ele se aproximava de mim) e pude ver nos olhos dela o quanto ela se preocupava com aquele bezerro, e o quão longe ela iria para proteger a vida dele. Ao mesmo tempo, ali estava eu, uma garota humana, com minha mãe humana atrás de mim sentindo a mesma preocupação, pois sei que ela defenderia minha vida custe o que custar. Percebi o quanto nós, seres vivos, somos semelhantes, independente de nossas espécies, pois o milagre da vida tem a mesma grande importância para todos nós! Com a “permissão” da mamãe-vaca, o bezerrinho, cuidadosa e lentamente aproximou-se de mim, enquanto eu, quase sem me mexer, fiquei segurando o capim. Ele comeu da minha mão, com um delicioso som de “crunch-crunch”, até terminar. A mamãe-vaca, sempre olhando em volta e prestando atenção em mim, mantinha a proximidade de seu filhote para cuidar dele. Novamente, arranquei mais um pedaço de grama, e com um pouquinho de receio, o bezerro lentamente se aproximou de novo de mim. Olhei-o nos olhos também e mentalmente agradeci a ele e à mamãe-vaca por sua confiança em mim e pensei em como aprendi a respeitar esses animais, e vê-los com outra visão além daquela que o capitalismo faz-nos ter. Depois disso, com um movimento brusco de outro animal do bando, a mamãe-vaca foi atrás deste e o bezerro atrás. Vi-os trotando mato adentro e fiquei muito feliz com a minha experiência. Minha mãe ressaltou algo que também me fez refletir mais tarde, pois ela disse que, ao invés de eu matar esses animais para que eles se tornassem meu alimento, eu tive a oportunidade de alimentá-los!
Isso me fez perceber o quão solene e importante é a vida de todos os seres vivos, e reforçou mais ainda minha decisão de parar de comer carne. Cada vez que vejo um bando desses animais, peço a Deus que proteja a vida deles, pois todas as vidas importam.

(não são os que eu vi hehe, esta é uma imagem da internet apenas para ilustrar)



Espero que esse post tenha ajudado vocês a refletirem um pouco mais sobre o mundo desses animais, e como nós podemos mudar o planeta – e também a vida desses seres vivos – com pequenas atitudes.

Semana que vem, pra finalizar, tem post sobre a inteligência dos porcos! Espero vocês lá.

Até mais,
GO GREEN!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A Inteligência dos Animais - Peixes

“Mas você não come nem um peixinho?”
 
Bem-vindo(a) de volta ao meu blog!

Continuando com o tema da postagem da semana passada, hoje trago para vocês algumas informações sobre outro animal que é, muitas vezes, ainda mais subestimado do que as galinhas: o peixe.

Quem aí já assistiu a animação “Procurando Nemo” deve lembrar da querida peixinha Dory, do gênero Cirurgião-patela (tá, eu pesquisei isso no Google rs), e de seu problema de memória recente. Acredita-se que a personagem tenha essa característica por conta do mito de que os peixes tem uma memória curtíssima, às vezes com cerca de 3 segundos. Mas o que vamos mostrar hoje é que a coisa não é bem assim – e estudos mais avançados mostram que os peixes podem ser muito mais inteligentes do que nós pensamos.
Confira abaixo:

Uma matéria da Revista Super Interessante afirma o seguinte: “Quando o estúdio Pixar colocou no filme Procurando Nemo uma peixinha que esquecia tudo em poucos segundos, estava brincando com uma idéia que por muito tempo existiu na comunidade científica: peixes teriam memória de apenas três segundos. Estudos recentes mostram que isso é balela. Esses animais são capazes de lembrar e ainda guardam as informações a longo prazo. Foi o que comprovou o pesquisador Culum Brown. Ele prendeu um grupo de peixes arco-íris australianos num tanque e os treinou para encontrar uma saída. Após cinco tentativas, todos conseguiam achá-la. Onze meses depois, o pesquisador refez o teste. Dessa vez, os peixes localizaram a saída na primeira tentativa.
Graças à memória, peixes também reconhecem outros indivíduos. Ao presenciar uma luta, o animal não apenas retém informações, como cria um ranking de lutadores. No futuro, ele evitará brigas com os fortões. Cardumes também são capazes de aprender e memorizar a se desvencilhar de redes ou então viajar em formações que os protegem de predadores.

Talvez os peixes de espécies diferentes apresentem memórias diferentes em relação a seu tempo de “duração”, porém isso já não posso afirmar com total certeza.
Ainda assim, é interessante percebermos o quanto esses animais têm a capacidade de estabelecer relações entre eles e entre o ambiente à sua volta.

Agora vamos entrar um pouco no assunto de que “peixes não gritam”, ou seja, o falso argumento que já ouvi de algumas pessoas de que os peixes não sentem dor e portanto não sofrem quando são mortos.
Wikipédia afirma que (...) “há estudos ainda que indicam que os peixes possuem sistemas nervosos mais complexos do que se pensava e que suas consciências das sensações dolorosas podem ser, evolucionariamente, muito mais antigas do que se suspeitava.”



No site Vegetarianismo.com.br: “Em verdade, no que concerne a habilidade de sentir dor, os peixes são iguais aos cachorros, gatos e outros animais. O Dr. Donald Broom, consultor científico do Governo Inglês, explica que 'A literatura científica é muito clara. Anatômica, fisiológica e biologicamente, o sistema de dor dos peixes é praticamente o mesmo que o das aves e dos outros animais.' (...)
Segundo o Dr. Michael Fox, D.V.M., Ph. D., 'Embora os peixes não gritem (de forma audível para os humanos) quando estão com dor e em angústia, o comportamento deles deveria constituir evidência suficiente do seu sofrimento quando fisgados ou capturados em rede. Eles se esforçam, procurando escapar e, assim fazendo, demonstram a sua vontade de viver'.

Você já parou para pensar o que ocorre na pesca? Tanto na pesca com vara quanto na pesca com rede? Ponha-se no lugar de um peixe: você está em seu habitat natural procurando alimentos para sobreviver, assim como qualquer outro ser vivo precisa fazer. Você encontra então, uma minhoca, e abocanha-a. No mesmo instante, sente algo perfurando sua boca e deixando-o preso a um gancho. Você debate-se para livrar-se daquele sofrimento, mas o que quer que esteja do outro lado do gancho começa a te puxar. Desesperado, você coloca toda sua força nessa tentativa de livrar-se, livrar-se da dor, livrar-se do sofrimento, afinal você só queria alimentar-se, mas eventualmente o outro lado ganha. Você então é retirado de seu habitat, ainda preso pelo gancho na boca. Para finalizar, você é colocado num local onde fica absolutamente sem oxigênio, e morre sufocado e sem ar.
Cruel, não é?
Pois é.
E mesmo a pesca com rede é desumana (adoro a ironia dessa palavra); na verdade, qualquer tipo de matança de animais não pode ser feita de uma maneira agradável.


Pra finalizar, veja só esse registro incrível: já acreditava-se que os peixes possuíam a habilidade de utilizar certos tipos de ferramentas para facilitar sua obtenção de comida, porém isso nunca havia antes sido registrado em câmera. Mas um biólogo conseguiu capturar em imagens um peixe usando uma rocha em sua boca e batendo-a contra uma ostra, para conseguir abri-la e alimentar-se de sua carne! (Só para a informação de todos, também não como ostra. Nem camarão. Nem lagosta. Nenhum fruto do mar!) Veja só essas imagens: (no link acima também há a matéria explicando o que ocorreu)





Sugiro seguirmos o lema do tubarão vegetariano de Procurando Nemo, o Bruce, que repete junto com seus amigos: “Peixes são amigos, não comida!”




Até a semana que vem!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A Inteligência dos Animais - Galinhas

Feliz ano novo, leitores!

Resolvi começar 2016 com o pé direito e retornar com as postagens do meu blog!

Quero falar um pouco sobre a inteligência dos animais!
Quando falo desse assunto, aposto que a primeira coisa que vem na sua cabeça são os cachorros e gatos, certo? Mas e se eu te disser que os animais que consideramos como animais de consumo são muitas vezes tão – ou mais – inteligentes do que os nossos pets?
Isso mesmo! Pesquisas realizadas comprovaram que as vacas, porcos, galinhas e até mesmo os peixes apresentam muito mais capacidade de compreensão do que nós podemos pensar!

Sendo assim, vou dividir esse assunto em 4 partes, para que possamos falar separadamente de cada um desses 4 animais e de sua inteligência.



Começando hoje, vamos falar um pouco sobre as galinhas, pois vi uma notícia muito interessante da região aqui do interior de SP que me inspirou a fazer esse post.

Confira abaixo:

Um trecho do texto dessa página conta que: “Galinhas exibem "flexibilidade comportamental." Por exemplo, às galinhas foram dadas alimentos saborosos e intragáveis em tigelas de cores diferentes. Em seguida, os pesquisadores ofereceram comida para os filhotes de galinha, mas as cores para os bons e maus alimentos foram trocados. As galinhas advertiram seus filhotes a não comerem o que elas pensavam ser a comida ruim.

No vídeo abaixo é possível observar a mamãe galinha ensinando seus filhotes pintinhos a se alimentarem. Quando a comida é colocada no ninho, a mamãe galinha faz um som específico para avisá-los que o alimento chegou. Além disso, ela tem o cuidado de afastar a "forragem" do chão, separando-a dos grãos, para que seus pintinhos possam comer com mais facilidade. Isso ajuda na nossa sensibilização para percebermos como esses animais também têm fortes instintos maternos. Confira:


Essa matéria afirma que “(...) as galinhas têm um conhecimento cultural que passam de geração em geração. Em um estudo da Universidade de Bristol, os frangos foram alimentados com uma mistura de grãos de milho amarelo e azul. Os grãos azuis estavam contaminados com produtos químicos que fizeram as aves se sentirem doentes, e elas rapidamente aprenderam a evitar o milho azul inteiramente. Quando estas galinhas tiveram pintinhos, milho amarelo e azul foi espalhado ao redor da fazenda (desta vez inofensivos), e as galinhas mães lembraram-se de que o milho azul tinha  anteriormente lhes deixado doentes, afastando cuidadosamente seus filhotes destes.”

Algumas pesquisas afirmam até mesmo que as galinhas são mais inteligentes do que crianças de até 4 anos! “Galinhas-bebês têm a noção, por exemplo, de que um objeto retirado de seu campo de visão não deixa de existir, característica que não ocorre em bebês humanos, que tendem a pensar que o objeto que eles não enxergam simplesmente não existe”.
As galinhas também compreendem relações sociais entre elas. “Quando em seu ambiente natural, não confinadas, galinhas formam complexas hierarquias sociais, e cada galinha sabe o seu lugar na escada social, lembrando-se dos rostos e posições de mais de 100 outras aves . Os cientistas concordam que complexas estruturas sociais e boas memória são sinais inegáveis de inteligência avançada comparável à dos mamíferos.

E, agora sim, a matéria do interior de SP que me deixou boquiaberta: um galo domesticado por um menino de 4 anos vive como um pet junto com a família. Eles até mesmo dormem juntos! Confira:


Muitas pessoas acreditam que animais como as galinhas e os peixes são burros, ou ao menos não tão inteligentes quanto nossos pets; mas só porque esses animais não se manifestam como os outros, não quer dizer que eles sejam desprovidos de inteligência! Além do que, qualquer animal que compreende dor e sofrimento, bem como bem-estar e segurança, não deveria ser privado de viver uma vida segura, saudável e sem crueldade. Eles merecem a nossa compaixão e devem ser tratados com respeito. Já é hora de quebrar preconceitos e estereótipos – estamos na era da informação e há muita informação disponível na internet. Vamos pesquisar, nos informar, e buscar cada vez mais viver uma vida que, de todas as maneiras possíveis, contribua para um mundo melhor!

Até semana que vem!
#GoGreen