Olá leitores!
Bem vindos de volta ao meu blog!
Demorei, mas finalmente resolvi fazer esse post que eu deveria, literalmente, ter feito a 4 semanas e um dia atrás atrás!!! (Pois foi quando completou-se exatamente dois anos da minha escolha tão fatídica)
Ok, então aqui vamos nós:
No dia 1º de Agosto completaram-se, oficialmente, dois anos da minha decisão de virar vegetariana.
Em 1º de Agosto de 2013 foi quando, pela primeira vez, e por livre e espontânea vontade, eu decidi que não consumiria mais nenhum tipo de carne. O vídeo/documentário que vi literalmente fez com que eu mudasse meus hábitos alimentares da noite para o dia.
E, desde então, eu lembro a cada dia da decisão que tomei.
Sim, pois essa não é uma coisa da qual você se esquece.
Todos os dias os vegetarianos e veganos enfrentam um mundo que não foi feito para eles (mas que um dia será, com todos os habitantes da Terra vivendo em harmonia com seus “irmãos menores”, nossos co-habitantes planetários que são, em questão de inteligência, inferiores a nós e que, por isso mesmo, devem ser tratados com respeito).
Todos os dias eu lembro da minha decisão:
• Quando vejo uma mesa de café da manhã com presunto, peito de peru, patê de atum/sardinha;
• Quando vou almoçar ou jantar e tenho à minha frente um bife, ou carne moída, ou carne de panela, ou peito de frango, ou frango desfiado, ou frango frito, frango assado, carne de porco, bacon, costelinhas, feijoadas, filés de peixe, camarões........
• Quando em confraternizações há esfihas de carne, risólis de presunto, coxinhas de frango, folhados de presunto e queijo (quando dou sorte, encontro pão de queijo ou bolinhas de queijo; realidade essa que também é outra para os veganos);
• Quando vou a um churrasco para celebrar alguma data especial de colegas ou parentes meus e há milhões de piadinhas sobre o fato de vegetarianos não comerem carne... Sim, aquelas que todos nós (que escolhemos essa vida) já estamos cansados de ouvir;
• Ao mencionar sua decisão para alguém e ouvir os questionamentos que, às vezes são realmente por interesse e curiosidade em relação à sua alimentação e seu estilo de vida, mas que na maioria das vezes são apenas para tentar te contradizer, te sacanear, ou mesmo para tentar te convencer a voltar a comer carne...? (Pois essa é a única razão lógica para certas “discussões” das quais já participei com carnívoros);
E, todos os dias, eu me orgulho de ter tomado essa decisão. É um orgulho bom; não me acho melhor do que quem come carne (até porque durante 14 [quase 15] anos da minha vida, eu também comi carne), mas me orgulho de ter conseguido passar por cima do meu próprio prazer material, de saborear uma carne que provém de um outro ser que já foi vivo e senciente. Tenho um longo caminho a percorrer ainda, que talvez em anos futuros eu consiga concretizar (livrar-me de outros produtos de origem animal, talvez; também me alimentar de um modo mais saudável, abrindo mão dos refrigerantes e outros produtos industrializados). O importante é dar um passo de cada vez, e viver um dia de cada vez. Foi isso que decidi quando tomei minha decisão; não me estipulei um prazo. Decidi que seguiria no vegetarianismo até quando eu conseguisse.
A escolha do vegetarianismo, na minha opinião, pode basear-se em um famoso lema, o “Só Por Hoje”, que podemos adaptar para nossa vida diária em: “Só por hoje eu não irei sucumbir às minhas vontades e meu egoísmo. Só por hoje vou preservar e dar valor à vida de outro ser que, assim como eu, compreende dor, medo e sofrimento, e que merece, assim como eu, viver uma vida digna, em liberdade e conforto.”
Lanço o desafio aos leitores deste blog para, só por hoje, abrirem mão de comer carne. E quem sabe, dia após dia, vocês tornem-se vegetarianos e possam comemorar assim como eu e muitos outros vegetarianos, 1 ano, 2 anos, 10, 15, 30, 70 anos de vegetarianismo....!